Medicamentos: Bula Bortezomibe

Laboratório: Accord Farmacêutica Ltda

O que é Bortezomibe

O bortezomibe é indicado para o tratamento de adultos com mieloma múltiplo, que é um tipo de câncer de medula óssea, e: - que não receberam tratamento prévio, e impossibilitados de receberem tratamento com alta dose de quimioterapia e transplante de medula óssea. Nesses pacientes, bortezomibe é utilizado em combinação com melfalana e prednisona; - que já receberam pelo menos um tratamento anterior.

Antes de tomar Bortezomibe

O bortezomibe deve ser administrado sob a supervisão de médico com experiência no uso de tratamento antineoplásico. Ocorreram casos fatais de administração inadvertida de bortezomibe pela via intratecal. O bortezomibe deve ser administrado somente pela via intravenosa ou subcutânea. O BORTEZOMIBE NÃO DEVE SER ADMINISTRADO PELA VIA INTRATECAL. 2 BULA PARA PACIENTE RDC 47/2009 Em geral, o perfil de segurança de pacientes tratados com bortezomibe em monoterapia foi similar ao observado em pacientes tratados com bortezomibe combinado com melfalano e prednisona. Neuropatia periférica O tratamento com bortezomibe causa neuropatia periférica (definida como qualquer forma de lesão, inflamação ou degeneração dos nervos periféricos) que é mais comumente do tipo sensorial, ou seja, afeta a percepção da dor, do tato ou das sensações de calor e frio. Os pacientes devem ser monitorados quanto aos sintomas de neuropatia, como sensação de queimação, hiperestesia (excesso de sensibilidade), hipoestesia (diminuição da sensibilidade), parestesia (sensações subjetivas, por exemplo, frio, calor, formigamento, pressão, etc), desconforto, dor ou fraqueza. Pacientes com sintomas pré-existentes (dormência, dor ou sensação de queimação nos pés ou mãos) e/ou sinais de neuropatia periférica podem apresentar piora da neuropatia periférica durante o tratamento com bortezomibe. Pacientes que apresentarem piora ou aparecimento de neuropatia periférica podem exigir uma mudança de dose, esquema de tratamento ou via de administração para subcutânea (SC). Hipotensão arterial Eventos de hipotensão (pressão arterial baixa) são observados ao longo do tratamento. Recomenda-se cautela ao tratar pacientes com história de desmaio, pacientes recebendo medicamentos associados com hipotensão e pacientes desidratados. Alterações cardíacas Desenvolvimento súbito ou piora de insuficiência cardíaca tem sido relatados. Pacientes com fatores de risco ou com doença cardíaca pré-existente devem ser cuidadosamente monitorados. Alterações da função do fígado (problemas hepáticos) Têm sido relatados casos raros de falência aguda do fígado em pacientes recebendo medicações concomitantes e com outros problemas sérios de saúde além do mieloma. Outros eventos adversos relatados incluem aumento das enzimas do fígado, aumento de bilirrubina e hepatite. Estas alterações podem ser reversíveis com a descontinuação do bortezomibe. Problemas pulmonares Foram relatados casos de doença pulmonar aguda de causa desconhecida em pacientes recebendo bortezomibe. Alguns desses eventos foram fatais. Na ocorrência de um evento pulmonar ou na piora de sintomas pulmonares já existentes, uma rápida avaliação diagnóstica deve ser realizada e os pacientes tratados apropriadamente. Exames laboratoriais O resultado do hemograma completo deve ser frequentemente monitorado durante o tratamento com bortezomibe. Trombocitopenia O bortezomibe está associado com trombocitopenia (redução do número de plaquetas no sangue). A contagem de plaquetas deve ser realizada antes de cada dose de bortezomibe. Existem relatos de sangramento gastrintestinal e intracerebral associados com a trombocitopenia induzida por bortezomibe. Eventos adversos gastrintestinais O tratamento com bortezomibe pode causar náusea, diarreia, constipação e vômito que exigem, algumas vezes, uso de medicamentos anti-heméticos e anti-diarreicos. A reposição de líquidos e sais deve ser realizada para evitar a desidratação. Uma vez que alguns pacientes em tratamento com bortezomibe podem apresentar vômito e/ou diarreia, os pacientes devem ser orientados sobre como proceder para evitar a desidratação. Os pacientes devem ser instruídos para procurar o médico se apresentarem sintomas de vertigem, tontura ou desmaios. Síndrome da lise tumoral Uma vez que bortezomibe é um agente citotóxico e pode matar células malignas rapidamente, podem ocorrer complicações da síndrome da lise tumoral (complicações metabólicas que podem ocorrer após o tratamento de um câncer). Os pacientes sob risco de síndrome da lise tumoral são aqueles com carga tumoral alta antes do tratamento. Estes pacientes devem ser acompanhados de perto e as precauções apropriadas devem ser tomadas. Pacientes com insuficiência hepática 3 BULA PARA PACIENTE RDC 47/2009 O bortezomibe é metabolizado pelas enzimas do fígado e sua concentração é aumentada em pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave. Esses pacientes devem ser tratados com doses iniciais reduzidas de bortezomibe e monitorados com relação à toxicidade. Síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível (SLPR) Foram relatados casos de síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível (SLPR) em pacientes recebendo bortezomibe. SLPR é um distúrbio neurológico raro, reversível, que pode se apresentar com convulsões, hipertensão, dor de cabeça, sonolência confusão mental, cegueira, entre outros distúrbios visuais e neurológicos. Exames de imagem do cérebro são usados para confirmar o diagnóstico. Em pacientes com SLPR em desenvolvimento, bortezomibe deve ser descontinuado.. Carcinogênese, mutagênese, comprometimento da fertilidade O bortezomibe demonstrou atividade clastogênica (causadora de aberrações cromossômicas estruturais) em teste in vitro de aberrações cromossômicas usando células de ovário de hamster Chinês. O bortezomibe pode ter um potencial efeito sobre a fertilidade masculina ou feminina. Gravidez e Amamentação Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez durante o tratamento com bortezomibe. As pacientes devem ser orientadas sobre o uso de medidas contraceptivas eficazes e para evitar a amamentação durante o tratamento com bortezomibe. Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica. Informe imediatamente seu médico em caso de suspeita de gravidez. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde. Efeito sobre a capacidade de dirigir veículos e utilizar máquinas Uma vez que bortezomibe pode estar associado à fadiga, tontura, síncope (desmaio), hipotensão postural (queda da pressão arterial ao mudar da posição sentada ou deitada para de pé), diplopia (visão dupla) ou visão turva, você não deve dirigir veículos ou operar máquinas. Interações medicamentosas Pacientes devem ser monitorados quando ocorrer administração concomitante de bortezomibe com potentes inibidores das enzimas do CYP3A4 (como por exemplo: cetoconazol e ritonavir). O uso concomitante de bortezomibe com indutores potentes das enzimas do CYP3A4 como por exemplo rifampicina, carbamazepina, fenitoína, fenobarbital e Erva-de-São-João) não é recomendado, já que a eficácia do bortezomibe pode ser reduzida. Pacientes que estão recebendo esse tipo de tratamento com bortezomibe devem ser monitorados de perto no que se refere a sinais de toxicidade ou eficácia reduzida. Pacientes em tratamento com agentes antidiabéticos orais e que recebem bortezomibe podem necessitar de monitoramento da glicemia e ajuste da dose da medicação antidiabética. Informe seu médico se você estiver usando outros medicamentos como amiodarona, antivirais, isoniazida, nitrofurantoína, estatinas ou medicamentos que possam diminuir a pressão arterial.

Como tomar Bortezomibe

O bortezomibe pode ser administrado pelas vias intravenosa e subcutânea. Para as diferentes vias de administração, diferentes volumes de solução de cloreto de sódio 0,9% são utilizados para reconstituir o medicamento. Após a reconstituição, a concentração de bortezomibe por mililitro (mL) de solução para a administração subcutânea (2,5 mg/mL) é maior que a concentração para a administração intravenosa (1,0 mg/mL). Como cada via de administração tem diferentes concentrações da solução reconstituída, deve-se ter cuidado ao calcular o volume a ser administrado. ATENÇÃO: A via subcutânea somente pode ser utilizada para bortezomibe 3,5 mg. O conteúdo de cada frasco-ampola de bortezomibe deve ser reconstituído apenas com solução salina normal (0,9%), de acordo com as seguintes instruções baseadas na via de administração: IV Volume de diluente (solução salina 0,9%) adicionado para reconstituir um frascoampola Concentração final após reconstituição (mg/mL) SC 3,5 mL 1,4 mL 1,0 mg/mL 2,5 mg/mL O bortezomibe é administrado por injeção intravenosa (na veia) ou subcutânea, sob a supervisão de médico com experiência no uso de medicamentos citotóxicos. Quando administrado em injeção intravenosa, bortezomibe é injetado em bolus (3-5 segundos), através de cateter intravenoso periférico ou central, seguido por lavagem com solução de cloreto de sódio 0,9%. Para administração subcutânea, a solução reconstituída é injetada na coxa (direita ou esquerda) ou abdome (esquerdo ou direito). Os locais de injeção devem ser alternados para injeções sucessivas. Novas injeções devem ser administradas a, pelo menos, 2,5 cm do local anterior, e nunca em áreas em que o local esteja sensível, ferido, vermelho ou rígido. Se ocorrerem reações no local da injeção após a administração subcutânea de bortezomibe, uma solução menos concentrada de bortezomibe (1 mg/mL ao invés de 2,5 mg/mL) pode ser administrada por via subcutânea, ou alterada para injeção intravenosa Como cada via de administração apresenta diferente concentração da solução reconstituída, deve-se ter cuidado no momento de calcular o volume a ser administrado. Devem decorrer pelo menos 72 horas entre as administrações consecutivas de bortezomibe. Ocorreram casos fatais de administração inadvertida de bortezomibe pela via intratecal. O bortezomibe deve ser administrado somente pela via intravenosa e subcutânea. O BORTEZOMIBE NÃO DEVE SER ADMINISTRADO PELA VIA INTRATECAL. Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. 5 BULA PARA PACIENTE RDC 47/2009 Dosagem Monoterapia Dose Recomendada A dose recomendada de bortezomibe é de 1,3 mg/m2/dose administrada 2 vezes por semana durante 2 semanas (dias 1, 4, 8 e 11), seguido por um período de repouso de 10 dias (Dias 12 a 21). Este período de 3 semanas é considerado como um ciclo de tratamento. Para extensão do tratamento além de 8 ciclos, bortezomibe pode ser administrado no esquema padrão ou no esquema de manutenção de uma vez por semana por 4 semanas (Dias 1, 8, 15 e 22), seguido por um período de repouso de 13 dias (Dias 23 a 35). Deve ser observado intervalo de pelo menos 72 horas entre as doses consecutivas de bortezomibe. Em estudos clínicos, pacientes com resposta completa (CR) confirmada receberam 2 ciclos adicionais de bortezomibe Recomenda-se que pacientes que respondem ao bortezomibe recebam até 8 ciclos de tratamento. Modificação da dose e reinício do tratamento O tratamento com bortezomibe deve ser interrompido ao início de qualquer evidência de toxicidade não hematológica de Grau 3 ou hematológica de Grau 4, excluindo neuropatia. Após a remissão dos sintomas de toxicidade, o tratamento com bortezomibe pode ser reiniciado com dose 25% menor (1,3 mg/m2/dose reduzida para 1,0 mg/m2/dose; 1,0 mg/m2/dose reduzida para 0,7 mg/m2/dose). A Tabela 1 a seguir contém a recomendação para modificação da dose em pacientes que apresentarem dor neuropática e/ou neuropatia sensorial periférica relacionada ao bortezomibe. Pacientes com neuropatia grave pré-existente devem ser tratados com bortezomibe somente após avaliação cuidadosa do risco-benefício. Tabela 1: Recomendação para modificação da dose de bortezomibe na presença de dor neuropática e/ou neuropatia periférica sensorial ou motora relacionada ao tratamento. Gravidade dos sinais e sintomas de neuropatia periférica a Grau 1 (assintomática, perda dos reflexos tendinosos profundos ou parestesia) sem dor ou perda de atividade Modificação do esquema posológico Grau 1 com dor ou Grau 2 (sintomas moderados, limitando as atividades instrumentais da vida diária (AVD))b Reduzir a dose de bortezomibe para 1,0 mg/m2 ou alterar o esquema de tratamento para 1,3 mg/m2 uma vez por semana. Grau 2 com dor ou Grau 3 (sintomas graves, limitando as AVD de autocuidadoc) Interromper o tratamento com bortezomibe até a remissão da toxicidade. Depois, reiniciar o tratamento com dose reduzida de bortezomibe (0,7 mg/m2) uma vez por semana. Grau 4 (consequências que ameaçam a vida do paciente; indicado intervenção urgente) Descontinuar o tratamento com bortezomibe. Nenhuma ação a Classificação baseada no NCI Common Toxicity Criteria CTCAE v 4. AVD instrumentais: Refere-se a preparar refeições, comprar mantimentos ou roupas, usar o telefone, administrar o dinheiro etc. c AVD de autocuidados: refere-se a tomar banho, vestir e despir-se, alimentar-se, usar o banheiro, tomar medicamentos e não estar acamado. b Obs.: A redução da dose de bortezomibe recomendada quando da ocorrência de dor neuropática e/ou neuropatia sensorial periférica relacionada ao tratamento, pode levar à redução da eficácia do tratamento. Terapia combinada Dose recomendada em combinação com melfalana e prednisona 6 BULA PARA PACIENTE RDC 47/2009 O bortezomibe para injeção é administrado em combinação com melfalana e prednisona, por 9 ciclos de 6 semanas de tratamento. Nos Ciclos 1 a 4, bortezomibe é administrado 2 (duas) vezes por semana (Dias 1, 4, 8, 11, 22, 25, 29 e 32). Nos Ciclos 5 a 9, bortezomibe é administrado uma vez por semana (Dias 1, 8, 22 e 29). Tabela 2: Regime de dose recomendada para bortezomibe quando usado em combinação com melfalana e prednisona para pacientes sem tratamento anterior para mieloma múltiplo e não elegíveis a transplante de medula óssea. bortezomibe 2x (duas vezes) por semana (Ciclos 1 a 4) Semana 1 2 3 4 5 6 bortezomibe Dia --- Dia 4 Dia 8 Dia 11 período de Dia 22 Dia 25 Dia 29 Dia 32 período de (1,3 mg/m2) 1 descanso descanso Mel Dia Dia 2 Dia 3 Dia 4 --período de ----período de (9 mg/m2) 1 descanso descanso Pred (60 mg/m2) bortezomibe 1x (uma vez) por semana (Ciclos 5 a 9) Semana 1 2 3 4 5 6 bortezomibe D ---Dia período de Dia 22 Dia 29 período (1,3 mg/m2) ia 8 descanso de 1 descanso Mel(9 mg/m2) D Dia Dia Dia -período de --período Pred (60 mg/m2) ia 2 3 4 descanso de 1 descanso Mel = melfalana, Pred = prednisona Guia de manuseio de dose para terapia combinada com melfalana e prednisona Modificação de dose e reinicio quando bortezomibe é administrado em combinação com melfalana e prednisona. Antes de inicar um novo ciclo de terapia: 9 9 Contagem de plaquetas deve ser 70 x 10 /L e a contagem absoluta de neutrófilos deve ser 1,0 x 10 /L Toxicidade não-hematológica deve ser resolvida até Grau 1 ou condição basal. Tabela 3: Modificação de dose durante os ciclos subsequentes: Toxicidade Toxicidade hematológica durante um ciclo: Modificação ou atraso na dose Caso seja observada no ciclo anterior neutropenia ou trombocitopenia Grau 4 prolongada ou trombocitopenia com sangramento Considerar redução de 25% da dose de melfalana no próximo ciclo. Caso a contagem de plaquetas 30 x 109/L ou contagem absoluta de neutrófilos 0,75 x 109/L observada no dia de dose de bortezomibe (exceto Dia bortezomibe deve ser interrompido. Se muitas doses debortezomibe forem suspensas no mesmo ciclo ( 3 doses durante a administração de duas vezes por semana ou 2 doses durante a administração semanal) A dose de bortezomibe deve ser reduzida para um nível abaixo da dose (de 1,3 mg/m2 para 1 mg/m2, ou de 1 mg/m2 para 0,7 mg/m2). 7 BULA PARA PACIENTE RDC 47/2009 Toxicidade não-hematologica Grau 3 Terapia com bortezomibe deve ser interrompida até que os sintomas de toxicidade tenham sido resolvidos até Grau 1 ou condição basal. Então, bortezomibe pode ser reiniciado com uma redução de nível de dose (de 1,3 mg/m2 para 1 mg/m2, ou de 1 mg/m2 para 0,7 mg/m2). Para dor neuropática e/ou neuropatia periférica relacionadas a bortezomibe, manter e/ou modificar bortezomibe. Para informação adicional relacionada a melfalana e prednisona, veja informações de bula do fabricante. Pacientes com insuficiência renal Não é necessário ajuste da dose de bortezomibe em pacientes com insuficiência renal. Uma vez que a diálise pode reduzir a concentração de bortezomibe, o medicamento deve ser administrado após o procedimento de diálise. Pacientes com insuficiência hepática Pacientes com insuficiência hepática leve não requerem ajuste de dose inicial e devem ser tratados de acordo com a posologia recomendada de bortezomibe. Pacientes com insuficiência hepática moderada ou grave devem iniciar o tratamento com bortezomibe utilizando uma dose reduzida de 0,7 mg/m2 por injeção durante o primeiro ciclo e subsequentes aumentos gradativos da dose para 1,0 mg/m2 ou reduções de dose para 0,5 mg/m2 podem ser considerados, com base na tolerância do paciente (veja Tabela 4). Tabela 4: Modificação da dose inicial recomendada para bortezomibe em pacientes com insuficiência hepática Leve Moderada Grave Nível de bilirrubina 1,0 x ULN > 1,0x 1,5x ULN > 1,5x 3x ULN > 3x ULN Nível de TGOs (AST) >ULN Qualquer Qualquer Qualquer Modificação na dose inicial Nenhuma Nenhuma Redução da dose de bortezomibe para 0,7 mg/m2no primeiro ciclo. Considerar aumentos gradativos da dose para 1,0 mg/m2 ou redução para 0,5 mg/m2 em ciclos subsequentes, com base na tolerância do paciente.

Possíveis reações adversas Bortezomibe

As reações adversas a medicamentos relatadas em estudos de pacientes com mieloma são: - Distúrbios do sangue e do sistema linfático: trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas), anemia, neutropenia (diminuição do número de neutrófilos), leucopenia (diminuição de leucócitos), linfopenia (diminuição do número de linfócitos), pancitopenia (diminuição de todas células do sangue), neutropenia febril (paciente com febre e diminuição de neutrófilos). - Distúrbios cardíacos: arritmias, e desenvolvimento agudo ou piora de insuficiência cardíaca. - Distúrbios do ouvido e labirinto: audição prejudicada. - Distúrbios oftalmológicos: visão turva, infecção e irritação conjuntiva. - Distúrbios gastrintestinais: constipação, diarreia, náusea, vômito, dor gastrintestinal e abdominal, dor abdominal superior, dispepsia (desconforto na região do estômago), dor faringolaringeal, refluxo gastrintestinal, eructação, distensão abdominal, 8 BULA PARA PACIENTE RDC 47/2009 estomatite e ulceração na boca, disfagia (dificuldade de deglutição), hemorragia gastrintestinal e retal, ulceração da língua, ânsia de vômito, petéquias na mucosa oral (pontos vermelhos na mucosa da boca), íleo paralítico (parada dos movimentos intestinais). - Distúrbios gerais e condições no local de adminsitração: fraqueza, fadiga, sonolência, mal-estar, pirexia (febre), rigidez, astenia (fraqueza muscular), edema de extremidades inferiores, neuralgia (dor nos nervos sem estímulo), dor no peito, irritação e dor no local de administração, flebite (inflamação das veias) no local de administração. - Distúrbios do fígado e sistema biliar: aumento da bilirrubina, testes de função hepática anormais, hepatite. - Distúrbios do sistema imunológico: hipersensibilidade ao medicamento. - Infecções e infestações: infecção do trato respiratório superior, inferior e pulmões, nasofaringite, pneumonia, herpes zoster, herpes simples, bronquite, neuralgia pós-herpética, sinusite, faringite, candidíase oral, infecção do trato urinário, infecção relacionada ao catéter, sepse e bacteremia, gastroenterite. - Lesão, envenenamento e complicações do procedimento: complicações relacionadas ao catéter. - Investigações: aumento da ALT (alanina aminotransferase) e AST (alanina aspartatotransferase), aumento da fosfatase alcalina, aumento da GGT (gama-glutamiltransferase). - Distúrbios metabólicos e nutricionais: anorexia (redução ou perda do apetite), desidratação, hiperglicemia (aumento do açúcar no sangue), hipoglicemia (diminuição do açúcar no sangue), hiponatremia (diminuição do sódio no sangue), síndrome da lise tumoral. - Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo: dor nos membros, dor nas extremidades, mialgia (dor muscular), artralgia (dor nas articulações). - Distúrbios do sistema nervoso: neuropatia sensorial periférica, parestesia e disestesia (enfraquecimento ou alteração na sensibilidade dos sentidos), tontura (excluindo vertigem), dor de cabeça, disgeusia (distorção ou diminuição do paladar), polineuropatia, síncope (desmaio), convulsões, perda da consciência, ageusia (falta de paladar), neuralgia, insônia. - Distúrbios psiquiátricos: ansiedade, insônia. - Distúrbios renais e urinários: insuficiência ou falência renal, dificuldade de micção, hematúria (presença de sangue na urina). - Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: epistaxe (sangramento nasal), tosse, dispneia (falta de ar), dispneia do exercício, derrame pleural, rinorreia (descarga nasal), hemoptise (tosse com sangue). - Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: erupção cutânea, urticária. - Distúrbios vasculares: hipotensão (pressão arterial baixa), hipotensão postural (queda da pressão arterial ao mudar da posição sentada ou deitada para de pé), petéquias (ponto vermelho no corpo causado por pequena hemorragia no vaso sanguíneo), hemorragia cerebral. Experiência pós-comercialização Eventos adversos ao medicamento clinicamente significativos estão listados a seguir se não tiverem sido relatados anteriormente. As frequências apresentadas a seguir refletem as taxas de relatos para reações adversas ao medicamento provenientes da experiência de pós-comercialização mundial de bortezomibe. As frequências a seguir refletem taxas de relato e, portanto, estimativas mais precisas da incidência não podem ser feitas. As reações adversas ao medicamento estão listadas por frequência. Reação rara (> 1/10.000 e 1/1.000): Distúrbios do sangue e sistema linfático: coagulação intravascular disseminada; Distúrbios cardíacos: bloqueio completo atrioventricular, tamponamento cardíaco; Distúrbios do ouvido e labirinto: surdez bilateral; Distúrbios oftalmológicos: herpes oftálmica, neuropatia óptica, cegueira; Distúrbios gastrointestinais: colite isquêmica, pancreatite aguda; Infecções e infestações: meningoencefalite herpética, choque séptico; Distúrbios do sistema imunológico: angioedema; Distúrbios do sistema nervoso: encefalopatia, neuropatia autonômica, síndrome de leucoencefalopatia posterior reversível; Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino: doença pulmonar infiltrativa difusa aguda, hipertensão pulmonar; Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: dermatose neutrofílica febril aguda (Síndrome de Sweet). Reação muito rara ( 1/10.000, incluindo relatos isolados): Distúrbios da pele e do tecido subcutâneo: Síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica; Infecções e infestações: leucoencefalopatia multifocal progressiva. 9 BULA PARA PACIENTE RDC 47/2009 Informe ao seu médico, cirurgião-dentista ou farmacêutico o aparecimento de reações indesejáveis pelo uso do medicamento. Informe também à empresa através do seu serviço de atendimento. Atenção: este produto é um medicamento que possui nova indicação terapêutica no país e, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico. O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE MEDICAMENTO? Na presença de dose excessiva você deve procurar o médico. Os sinais vitais devem ser monitorados e devem ser adotadas medidas de suporte adequadas para manter a pressão arterial e a temperatura corporal. Não existe antídoto específico conhecido para uma dose excessiva de bortezomibe. Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações. DIZERES LEGAIS MS - 1.5537.0032 Farm. Resp.: Dr. Thiago Giovannetti M. Ricardo CRF-SP nº 67.256 Fabricado por: Intas Pharmaceuticals Ltd. Plot 5,6,7 Pharmez Dist. Ahmedabad - Índia Importado por: Accord Farmacêutica Ltda. Av. Guido Caloi, 1985 G.01 Santo Amaro São Paulo/SP CNPJ: 64.171.697/0001-46

Conservação Bortezomibe

Conservar em temperatura ambiente (entre 15°C e 30°C). Proteger da luz. Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem. Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Após reconstituição, a solução resultante deve ser clara e incolor. O medicamento reconstituído pode ser administrado em até 8 horas após o preparo se estiver a uma temperatura inferior a 25°C. A solução reconstituída pode ser armazenada por até 8 horas no frasco original, podendo permanecer em uma seringa por até 3 horas nesta mesma temperatura. Não pode ser armazenado a uma temperatura maior que 30°C. Após preparo, manter por até 8 horas se estiver a uma temperatura inferior a 25°C. Aspecto físico 4 BULA PARA PACIENTE RDC 47/2009 O bortezomibe é um pó liofilizado de cor branca a quase branca em um frasco de vidro transparente. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo. Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.
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