Laboratório:
Produtos Roche Químicos E Farmacêuticos S.A.
O que é Herceptin
Câncer de mama metastático
Herceptin é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama metastático que apresentam tumores HER2positivo:
em monoterapia (sem outros agentes antitumorais) para o tratamento de pacientes que já tenham recebido um ou mais tratamentos quimioterápicos para suas doenças metastáticas;
em combinação com paclitaxel ou docetaxel para o tratamento de pacientes que ainda não tenham recebido quimioterapia para suas doenças metastáticas.
Câncer de mama inicial
Herceptin® é indicado para o tratamento de pacientes com câncer de mama inicial HER2-positivo:
após cirurgia, quimioterapia (neoadjuvante ou adjuvante) e radioterapia (quando aplicável);
após quimioterapia adjuvante com doxorrubicina e ciclofosfamida, em combinação com paclitaxel ou docetaxel;
em combinação com quimioterapia adjuvante de docetaxel e carboplatina;
em combinação com quimioterapia neoadjuvante seguida por terapia adjuvante com Herceptin® para câncer de mama localmente avançado (inclusive inflamatório) ou tumores > 2 cm de diâmetro.
Câncer gástrico avançado
1
Herceptin® em associação com capecitabina ou 5-fluorouracil (5-FU) intravenoso e um agente de platina é indicado para o tratamento de pacientes com adenocarcinoma inoperável, localmente avançado, recorrente ou metastático do estômago ou da junção gastroesofágica, HER2-positivo, que não receberam tratamento prévio contra o câncer para sua doença metastática.
Antes de tomar Herceptin
A terapia com Herceptin deve ser iniciada somente sob a supervisão de um médico experiente no tratamento de pacientes com câncer.
Existem várias condições que exigem cuidados especiais na administração deste medicamento, embora não sejam contraindicações absolutas. Entre elas, as mais comuns são insuficiência cardíaca, angina do peito e pressão alta não controlada. Seu médico saberá identificar essas situações e adotar as medidas adequadas. Pacientes idosos
Não foram realizados estudos específicos em pessoas com idade acima de 65 anos. Nos estudos clínicos, pacientes idosos receberam as mesmas doses de Herceptin indicadas para adultos jovens.
Crianças
A segurança e a eficácia de Herceptin em pacientes menores de 18 anos não foram estabelecidas. Pacientes com insuficiência renal (distúrbios nos rins) ou hepática (distúrbios no fígado) Não foram realizados estudos específicos em populações de pacientes com insuficiência hepática ou renal.
Gravidez e amamentação
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião-dentista. Herceptin deve ser evitado durante a gravidez, a menos que os potenciais benefícios para a mãe superem os riscos potenciais para o feto. No período de pós-comercialização, foram relatados casos de problemas de crescimento e/ou insuficiência renal em fetos associados ao oligoâmnio (baixa produção de líquido amniótico) em mulheres grávidas que receberam Herceptin, alguns associados à hipoplasia pulmonar (pulmão pouco desenvolvido) fatal ao feto. As mulheres em idade fértil devem ser instruídas a usar métodos contraceptivos efetivos durante o tratamento com Herceptin e, pelo menos, sete meses após o término do tratamento. As mulheres que engravidarem devem ser informadas sobre a possibilidade de dano ao feto. Se uma mulher grávida for tratada com Herceptin, é aconselhável monitoramento cuidadoso por uma equipe multidisciplinar. Não se sabe se Herceptin pode causar outros danos ao feto quando administrado a uma mulher grávida ou se pode afetar a capacidade de reprodução. Não se sabe se o trastuzumabe é excretado no leite humano. Informe ao médico se estiver amamentando. Você não deve amamentar enquanto estiver em tratamento com Herceptin.
Capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
Não foram realizados estudos sobre os efeitos na capacidade de dirigir veículos ou operar máquinas.
2
Pacientes que apresentam sintomas relacionados à infusão devem ser orientados a não dirigir veículos ou operar máquinas até que os sintomas sejam resolvidos por completo.
Até o momento não há informações de que Herceptin (trastuzumabe) possa causar doping. Em caso de dúvida, consulte o seu médico.
Principais interações medicamentosas
Não foram observadas interações clinicamente significativas entre Herceptin e a medicação utilizada concomitantemente nos estudos clínicos. Não foi realizado nenhum estudo formal de interação de Herceptin com outros agentes antitumorais. Se ocorrer alguma reação inesperada, o seu médico saberá como lidar com esses problemas.
A substituição de Herceptin por qualquer outro medicamento biológico exige o consentimento do médico prescritor. Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro medicamento. Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a sua saúde.
Como tomar Herceptin
O profissional de saúde saberá como preparar o medicamento.
Este medicamento é de uso hospitalar e, depois de preparado, deve ser diluído em soro fisiológico para infusão via intravenosa antes de ser administrado.
Este medicamento só poderá ser aplicado por profissionais treinados e habilitados. Seu médico conhece os detalhes da administração e poderá fornecer todas as informações necessárias.
Posologia
Câncer de mama
Uso semanal
As seguintes doses, inicial (de ataque) e de manutenção, são recomendadas em monoterapia ou em combinação com paclitaxel ou docetaxel.
A dose inicial recomendada de Herceptin é de 4 mg/kg de peso corpóreo; para as doses seguintes, recomenda-se 2 mg/kg de peso corpóreo, uma vez por semana, em infusão intravenosa.
Uso a cada três semanas
A dose inicial de ataque é de 8 mg/kg de peso corpóreo, seguida por 6 mg/kg de peso corpóreo 3 semanas depois e, então, 6 mg/kg, repetida a intervalos de 3 semanas, em infusões com duração de, aproximadamente, 90 minutos. Se a dose anterior foi bem tolerada, o tempo de infusão poderá ser reduzido para 30 minutos.
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Câncer gástrico
Uso a cada três semanas
A dose inicial de ataque é de 8 mg/kg de peso corpóreo, seguida por 6 mg/kg de peso corpóreo 3 semanas depois e, então, 6 mg/kg, repetida a intervalos de 3 semanas, em infusões com duração de, aproximadamente, 90 minutos. Se a dose anterior foi bem tolerada, o tempo de infusão poderá ser reduzido para 30 minutos. Durante a infusão de Herceptin, haverá necessidade de observação contínua para verificar o aparecimento de febre e calafrios ou outros sintomas associados à infusão. A interrupção da infusão pode ajudar a controlar tais sintomas. A infusão pode ser retomada quando os sintomas diminuírem.
Duração do tratamento
Pacientes com câncer de mama metastático devem ser tratados com Herceptin até progressão da doença. Pacientes com câncer de mama inicial devem ser tratados por um ano ou até a recaída da doença. Pacientes com câncer gástrico avançado devem ser tratados com Herceptin até progressão da doença. Via de administração: infusão via intravenosa. Não deve ser administrado como injeção intravenosa rápida ou em bolus.
Siga a orientação de seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico.
Possíveis reações adversas Herceptin
Assim como os medicamentos antitumorais de modo geral, Herceptin pode causar reações indesejáveis. As seguintes categorias de frequência foram utilizadas: muito comum ( 1/10), comum ( 1/100 a < 1/10), incomum ( 1/1.000 a < 1/100), rara ( 1/10.000 a < 1/1.000), muito rara (< 1/10.000), não conhecida (não pode ser estimada com base nos dados disponíveis). Dentro de cada grupo de frequência, as reações adversas são apresentadas em ordem decrescente de gravidade.
Lista de reações adversas
A tabela a seguir apresenta as reações adversas que foram relatadas em associação com o uso de Herceptin® isolado ou em combinação com quimioterapia em estudos clínicos. Todos os termos incluídos são baseados na maior porcentagem observada nos estudos clínicos.
Tendo em vista que Herceptin® é comumente utilizado com outros agentes quimioterápicos e radioterapia, geralmente é difícil de confirmar a relação causal dos eventos adversos para um fármaco/radioterapia em particular. Tabela 1
Reações adversas ao medicamento
Classe do sistema orgânico
Reação adversa*
Frequência
Infecções e infestações
Nasofaringite
Muito comum
Infecção
Muito comum
Influenza (gripe)
Comum
Faringite
Comum
Sinusite
Comum
Rinite
Comum
Infecção do trato respiratório superior
Comum
Infecção do trato urinário
Comum
4
Classe do sistema orgânico
Reação adversa*
Frequência
Distúrbios dos sistemas
sanguíneo e linfático
Anemia
Muito comum
Trombocitopenia (redução das plaquetas, que
auxiliam na coagulação do sangue)
Muito comum
Neutropenia febril
Muito comum
Redução da contagem de células brancas
sanguíneas / leucopenia
Muito comum
Neutropenia (redução de um dos tipos de
glóbulos brancos, responsável pela defesa de
infecções)
Comum
Distúrbios do sistema imune
Hipersensibilidade (reações alérgicas)
Comum
Distúrbios metabólicos e
nutricionais
Redução de peso
Muito comum
Aumento de peso
Muito comum
Redução do apetite
Muito comum
Insônia
Muito comum
Depressão
Comum
Ansiedade
Comum
Tontura
Muito comum
Dor de cabeça
Muito comum
Parestesia (sensibilidade alterada de uma região do
corpo, geralmente com formigamento ou
dormência)
Muito comum
Hipoestesia (perda ou diminuição de
sensibilidade em determinada região do corpo)
Muito comum
Disgeusia (alteração do paladar)
Muito comum
Hipertonia (aumento da rigidez muscular)
Comum
Neuropatia periférica (lesão nervosa periférica)
Comum
Sonolência
Comum
Lacrimejamento (aumento)
Muito comum
Conjuntivite
Muito comum
Diminuição da fração de ejeção (quantidade de
sangue que o coração consegue enviar para a
circulação)
Muito comum
+
Insuficiência cardíaca (congestiva)
(insuficiência do coração com acúmulo de
líquido)
Comum
Cardiomiopatia (alteração do músculo cardíaco)
Comum
+1
Taquiarritmia supraventricular (arritmia do
coração com batimentos muito rápidos)
Comum
1
Comum
Distúrbios psiquiátricos
Distúrbios do sistema nervoso
Distúrbios oculares
Distúrbios cardíacos
Distúrbios vasculares
Palpitação
Linfedema (inchaço provocado pelo acúmulo de
Muito comum
5
Classe do sistema orgânico
Reação adversa*
um líquido denominado linfa)
Frequência
Fogachos
Muito comum
+1
Comum
Pressão baixa
Pressão alta
Vasodilatação
Epistaxe (sangramento nasal)
Muito comum
Muito comum
Muito comum
Rinorreia (coriza)
Muito comum
Asma
Comum
Distúrbio pulmonar
Comum
+
Efusão pleural (acúmulo de líquido entre as duas
camadas da pleura, popularmente chamado de
água no pulmão)
Comum
Pneumonia
Comum
Pneumonite (inflamação pulmonar)
Incomum
Chiado
Incomum
Diarreia
Muito comum
Vômito
Muito comum
Náusea
Muito comum
Dor abdominal
Muito comum
Dificuldade de digestão
Muito comum
Constipação
Muito comum
Estomatite (inflamação da cavidade bucal)
Muito comum
Pancreatite (inflamação do pâncreas)
Distúrbios de pele e de tecido
subcutâneo
Muito comum
Tosse
Distúrbios gastrintestinais
Comum
+
Dor orofaríngea (dor na garganta)
Distúrbios respiratórios, torácicos
e do mediastino
Comum
Incomum
Eritema (coloração avermelhada da pele)
Muito comum
Erupção cutânea
Muito comum
Redução parcial ou total de pelos ou cabelos em
uma determinada área de pele
Muito comum
Síndrome da eritrodisestesia palmo-plantar
Muito comum
Alterações nas unhas
Muito comum
Acne
Comum
Dermatite
Comum
Pele seca
Comum
Sudorese
Comum
Rash maculopapular (manchas vermelhas na
pele em grande parte do corpo)
Comum
Falta de ar
6
Classe do sistema orgânico
Reação adversa*
Frequência
Coceira
Comum
Onicólise (descolamento das unhas)
Comum
Urticária
Incomum
Dor nas articulações
Muito comum
Dor muscular
Muito comum
Artrite (inflamação nas articulações)
Comum
Dor nas costas
Comum
Dor óssea
Comum
Contrações musculares involuntárias
Comum
Dor no pescoço
Comum
Dor nas extremidades
Comum
Astenia (desânimo)
Muito comum
Dor torácica
Muito comum
Calafrios
Muito comum
Fadiga
Muito comum
Sintomas semelhantes à gripe
Muito comum
Reação relacionada à infusão
Muito comum
Dor
Muito comum
Febre
Muito comum
Inchaço de mãos e pés
Muito comum
Inflamação da mucosa
Muito comum
Inchaço
Comum
Indisposição
Comum
Danos, intoxicação e
complicações de procedimentos
Toxicidade nas unhas
Muito comum
Distúrbios hepatobiliares
Dano hepatocelular (células do fígado)
Comum
Icterícia (aumento de bilirrubinas que provoca
coloração amarelada de pele e mucosas)
Rara
Surdez
Incomum
Distúrbios musculoesqueléticos e
do tecido conjuntivo
Distúrbios gerais e condições no
local de administração
Distúrbios do ouvido e do
labirinto
* As reações adversas ao medicamento são identificadas como eventos que ocorreram com, pelo menos, 2% de diferença, quando comparado ao braço controle em, pelo menos, um dos maiores estudos clínicos randomizados. As reações adversas ao medicamento foram adicionadas à categoria apropriada da classe do sistema orgânico e apresentadas em uma única tabela de acordo com a maior incidência observada em qualquer um dos maiores estudos clínicos.
+
Denota as reações adversas que foram relatadas em associação com resultado fatal.
1
Denota as reações adversas que são relatadas amplamente em associação com reações relacionadas com a infusão. Porcentagens específicas para esses eventos não estão disponíveis.
Imunogenicidade
7
Na neoadjuvância-adjuvância, 7,1% dos pacientes do braço tratado com Herceptin por via intravenosa desenvolveram anticorpos contra trastuzumabe (independentemente da presença de anticorpos no nível basal). A relevância clínica desses anticorpos é desconhecida. Porém, a farmacocinética, a eficácia [determinada pela resposta patológica completa (RpC)] ou a segurança (determinada pela ocorrência de reações relacionadas à infusão) de trastuzumabe por via intravenosa, parecem não ser afetadas de forma desfavorável por esses anticorpos. Reações relacionadas à infusão e hipersensibilidade
As reações relacionadas à infusão, tais como calafrios e/ou febre, dispneia, hipotensão, sibilância, broncoespasmo, taquicardia, redução na saturação de oxigênio e insuficiência respiratória foram observadas em todos os estudos clínicos com trastuzumabe (vide item Advertências e Precauções).
Pode ser difícil diferenciar, clinicamente, as reações relacionadas à infusão de reações de hipersensibilidade. O índice de todas as reações relacionadas à infusão de todos os graus variou entre os estudos dependendo da indicação, se trastuzumabe foi administrado em combinação com quimioterapia ou como monoterapia e a metodologia de coleta de dados.
No câncer de mama metastático, o índice das reações relacionadas à infusão variou de 49% a 54% no braço com trastuzumabe, em comparação com 36% a 58% no braço comparador (o qual deve incluir outra quimioterapia). Reações graves (grau 3 ou maior) variaram de 5% a 7% no braço com trastuzumabe, em comparação com 5% a 6% no braço comparador.
No câncer de mama inicial, o índice das reações relacionadas à infusão variou de 18% a 54% no braço com trastuzumabe, em comparação com 6% a 50% no braço comparador (o qual deve incluir uma outra quimioterapia). Reações graves (grau 3 ou maior) variou de 0,5% a 6% no braço com trastuzumabe, em comparação com 0,3% a 5% no braço comparador.
Na neoadjuvância-adjuvância (BO22227), o índice de reações relacionadas à infusão está de acordo com o descrito acima e foi de 37,2% no braço tratado com trastuzumabe por via intravenosa; eventos graves de grau 3 foi de 2,0% no mesmo braço. Não houve reações relacionadas à infusão de graus 4 ou 5.
Reações anafilactoides foram observadas em casos isolados.
Disfunção cardíaca
Insuficiência cardíaca congestiva (NYHA II-IV) é uma reação adversa comum a Herceptin e associada com resultados fatais. Sinais e sintomas de disfunção cardíaca, tais como falta de ar, ortopneia (dificuldade respiratória quando está na posição deitada), exacerbação da tosse, edema pulmonar, galope S3 (quando o médico na ausculta percebe três batimentos cardíacos em vez de dois, como seria o normal) ou redução na fração de ejeção ventricular (quantidade de sangue que o coração consegue enviar para a circulação), foram observados em pacientes tratados com Herceptin.
Câncer de mama metastático
Dependendo dos critérios utilizados para definir a insuficiência cardíaca, a incidência de sintomas nos estudos clínicos principais, realizados em pacientes com doença metastática, variou entre 9% e 12% no subgrupo de pacientes tratados com Herceptin + paclitaxel, comparado com 1% - 4% no subgrupo de pacientes tratados com paclitaxel isolado. Para a monoterapia com Herceptin o índice foi de 6% - 9%. O índice mais elevado de disfunção cardíaca foi observado em pacientes tratados concomitantemente com Herceptin + antraciclina/ciclofosfamida (27%), significativamente mais elevado que o do subgrupo tratado somente com antraciclina/ciclofosfamida (7% - 10%). Em outro estudo com monitoramento prospectivo da função cardíaca, a incidência de insuficiência cardíaca sintomática foi de 2,2% em pacientes recebendo Herceptin® e docetaxel, comparado com 0% nos pacientes recebendo docetaxel isoladamente. A maioria dos pacientes (79%) que desenvolveram disfunção cardíaca nesses estudos apresentou melhora após receber o tratamento padrão para insuficiência cardíaca.
Câncer de mama inicial (adjuvância)
Nos três estudos clínicos principais na adjuvância com a administração de trastuzumabe em combinação com quimioterapia, a incidência de disfunção cardíaca de grau 3/4 (insuficiência cardíaca congestiva sintomática) foi similar em pacientes que estavam recebendo somente quimioterapia e em pacientes que estavam recebendo Herceptin® sequencialmente a um taxano (0,3 a 0,4%). O índice foi maior em pacientes que estavam recebendo Herceptin® concomitantemente a um taxano (2,0%). Em 3 anos, o índice de eventos cardíacos em pacientes recebendo AC P
(doxorrubicina mais ciclofosfamida seguidos por paclitaxel) + H (trastuzumabe) foi estimado em 3,2%, comparado com 0,8% em pacientes tratados com AC
P. Nenhum aumento na incidência cumulativa de eventos cardíacos foi
observado em 5 anos de acompanhamento adicionais.
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Em 5,5 anos, os índices de eventos cardíacos sintomáticos ou FEVE foram 1,0%, 2,3% e 1,1%, respectivamente, nos braços de tratamento com AC
D (doxorrubicina mais ciclofosfamida seguidos por docetaxel), AC
DH
(doxorrubicina mais ciclofosfamida seguidos por docetaxel mais trastuzumabe), e DCarbH (docetaxel, carboplatina e trastuzumabe). Para insuficiência cardíaca congestiva sintomática (grau III a IV), os índices de 5 anos foram 0,6%, 1,9% e 0,4%, respectivamente, nos braços de tratamento AC
D, AC
DH e DCarbH. O risco global de
desenvolvimento de eventos cardíacos sintomáticos foi baixo e similar para pacientes nos braços de tratamento com AC D e DCarbH. Com relação aos braços de tratamento AC
D e DCarbH, houve aumento do risco de
desenvolvimento de eventos cardíacos sintomáticos para pacientes do braço de tratamento AC DH, sendo discernível
por aumento contínuo no índice cumulativo de eventos cardíacos sintomáticos ou FEVE de até 2,3% em comparação com aproximadamente 1% nos dois braços comparadores (AC D e DCarbH).
Quando Herceptin® foi administrado após a conclusão da quimioterapia adjuvante, insuficiência cardíaca NYHA classe III-IV foi observada em 0,6% dos pacientes no braço que receberam Herceptin® por um ano após mediana de acompanhamento de 12 meses. Após a mediana de 3,6 anos de acompanhamento, a incidência de insuficiência cardíaca congestiva grave e disfunção ventricular esquerda após a terapia com Herceptin® permaneceu abaixo de 0,8% e 9,8%, respectivamente.
No estudo BO16348, após uma mediana de acompanhamento de 8 anos, a incidência de insuficiência cardíaca congestiva grave (NYHA III-IV) no braço tratado com Herceptin® por um ano, foi de 0,8%, e o índice de disfunção ventricular esquerda assintomática e sintomática leve foi de 4,6%.
A reversibilidade da insuficiência cardíaca congestiva grave (definida como uma sequência de pelo menos dois valores consecutivos de FEVE 50% após o evento) foi evidente em 71,4% dos pacientes tratados com Herceptin®. A reversibilidade da disfunção ventricular esquerda assintomática e sintomática leve foi demonstrada em 79,5% dos pacientes. Aproximadamente 17% dos eventos relacionados à disfunção cardíaca ocorreram após a conclusão do tratamento com Herceptin®.
Na análise conjunta dos estudos NSAPB-B31 e NCCTG N9831, com uma mediana de acompanhamento de 8,1 anos para o grupo ACPH (doxorrubicina mais ciclofosfamida, seguido de paclitaxel mais trastuzumabe), a incidência por paciente de um novo início de disfunção cardíaca, determinada pela FEVE, permaneceu inalterada em comparação com a análise feita no grupo ACPH sob mediana de acompanhamento de 2,0 anos: 18,5% dos pacientes no grupo ACPH com FEVE reduzida de 10% a menor que 50%. A reversibilidade da disfunção ventricular esquerda foi reportada em 64,5% dos pacientes que apresentaram ICC sintomática no grupo ACPH, sendo assintomática no último acompanhamento, e 90,3% tento uma recuperação completa ou parcial da FEVE.
Câncer de mama inicial (neoadjuvância-adjuvância)
Em estudos clínicos, quando Herceptin® foi administrado concomitantemente com quimioterapia neoadjuvante incluindo três a quatro ciclos de antraciclina na neoadjuvância (dose cumulativa de doxorrubicina de 180 mg/m2 ou dose de epirrubicina de 360 mg/m2), em geral, a incidência de disfunção cardíaca sintomática foi de até 1,7% no braço com Herceptin®.
Porém, no estudo clínico pivotal BO22227, na mediana de acompanhamento de 20,6 meses, a incidência da disfunção cardíaca sintomática foi de 0,7% no braço tratado com Herceptin® por via intravenosa.
Câncer gástrico avançado
A maioria das reduções na fração de ejeção do ventrículo esquerdo quantidade de sangue que sai do ventrículo esquerdo (FEVE) observadas no estudo BO18255 foi assintomática, com exceção de um paciente no braço contendo Herceptin®, cuja queda da FEVE coincidiu com insuficiência cardíaca.
Toxicidade hematológica (relacionada ao sangue)
Câncer de mama
A toxicidade hematológica é infrequente após a administração de Herceptin como monoterapia nos pacientes em tratamento da doença metastática.
Houve aumento na toxicidade hematológica em pacientes tratados com a combinação de Herceptin com paclitaxel, comparados com pacientes que receberam paclitaxel isoladamente.
A toxicidade hematológica foi também aumentada em pacientes que receberam Herceptin® e docetaxel, em comparação com docetaxel isolado. A incidência de neutropenia febril/septicemia neutropênica (diminuição de glóbulos
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brancos com febre/infecção generalizada com diminuição de glóbulos brancos) também foi aumentada em pacientes tratados com Herceptin® mais docetaxel.
Câncer gástrico avançado
Os eventos adversos de grau 3 mais frequentemente relatados que ocorreram com taxa de incidência de, pelo menos, 1% por tratamento clínico, os quais foram classificados sob a classe do sistema orgânico relacionada aos distúrbios do sistema linfático e sangue, são mostrados abaixo:
Tabela 2
sistema linfático
Eventos adversos de grau 3 frequentemente reportados nos distúrbios do sangue e do
fluoropirimidina / cisplatina
(N = 290)
(% de pacientes em cada braço de
tratamento)
Neutropenia(redução de um
tipo de glóbulo branco do
sangue)
Anemia
Neutropenia febril (febre na
vigência de redução de um
tipo de glóbulo branco)
Trombocitopenia (redução de
um dos componentes do
sangue responsável pela
coagulação)
trastuzumabe / fluoropirimidina /
cisplatina (N = 294)
(% de pacientes em cada braço de
tratamento)
A porcentagem total de pacientes que tiveram uma reação adversa (de grau 3 NCI-CTCAE versão 3.0) que tenha sido classificada sob essa classe do sistema orgânico foi de 38% no braço FP e 40% no braço FP+H. Em geral, não houve diferenças significativas na hematotoxicidade entre o braço de tratamento e o braço comparador. Toxicidade hepática (relacionado ao fígado) e renal
Câncer de mama
Toxicidade hepática grau 3 ou 4, segundo os critérios da OMS, foi observada em 12% dos pacientes após a administração de Herceptin® como agente único, em pacientes que receberam tratamento para a doença metastática. Essa toxicidade foi associada com a progressão da doença no fígado em 60% dos pacientes. Toxicidade hepática grau 3 ou 4, segundo os critérios da OMS, foi menos frequentemente observada entre pacientes que receberam Herceptin e paclitaxel que entre os pacientes que receberam paclitaxel isoladamente (7% comparado com 15%).
Nenhuma toxicidade renal grau 3 ou 4, segundo os critérios da OMS, foi observada.
Câncer gástrico avançado
No estudo BO18255, não houve diferenças significativas na toxicidade hepática e renal observados entre dois braços de tratamento.
Diarreia
Câncer de mama
Dos pacientes tratados com Herceptin como monoterapia para tratamento da doença metastática 27% apresentaram diarreia. Aumento na incidência de diarreia, principalmente de gravidade leve a moderada, tem sido também observado nos pacientes que receberam Herceptin em combinação com paclitaxel, em comparação com pacientes que receberam paclitaxel isoladamente.
No estudo BO16348, 8% dos pacientes tratados com Herceptin® apresentaram diarreia durante o primeiro ano de tratamento.
Câncer gástrico avançado
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No estudo BO18255, 109 pacientes (37%) que participam do braço de tratamento contendo Herceptin® versus 80 pacientes (28%) no braço comparador tiveram algum grau de diarreia. O critério de gravidade usando NCI-CTCAE v3.0, a porcentagem de pacientes que tiveram diarreia grau 3 foi de 4% no braço FP versus 9% no braço FP+H. Infecção
Aumento na incidência de infecções, principalmente infecções leves do trato respiratório superior de pouca importância clínica, ou infecção de cateter, foi observado em pacientes tratados com Herceptin.
Experiência pós-comercialização
Tabela 3
Reações adversas relatadas durante a pós-comercialização
Classe do sistema orgânico
Reação adversa
Distúrbios dos sistemas sanguíneo e
linfático
Redução da protrombina (substância que auxilia a coagulação sanguínea)
Distúrbios do sistema imune
Reações anafilactoides (reações que lembram anafilaxia, porém com
mecanismo diferente, que podem cursar com inchaços, reações cutâneas,
coceira, dificuldade para respirar, dores abdominais e choque)
Distúrbios oculares
Madarose (perda ou queda dos cílios)
Distúrbios cardíacos
Choque cardiogênico (pressão muito baixa, porque o coração não consegue
manter a circulação)
Taquicardia (aumento da frequência cardíaca)
Distúrbios respiratórios, torácicos e do
mediastino
Broncoespasmo (diminuição do calibre dos brônquios)
Redução na saturação de oxigênio
Insuficiência respiratória
Doença pulmonar intersticial
Infiltração pulmonar
Síndrome do desconforto respiratório agudo
Desconforto respiratório
Fibrose pulmonar (substituição do tecido pulmonar normal por cicatriz)
Hipóxia (concentração reduzida de oxigênio nos tecidos)
Inchaço na garganta
Condições renal e urinário
Glomerulonefropatia (doença dos glomérulos, unidade funcional dos rins)
Insuficiência renal (problema nos rins)
Distúrbios de gravidez, puerpério e
perinatal
Hipoplasia pulmonar (pulmão pouco desenvolvido)
Hipoplasia renal (rim pouco desenvolvido)
Oligoâmnio (baixa produção de líquido amniótico)
Eventos adversos
A Tabela 4 indica os eventos adversos que historicamente foram relatados em pacientes que receberam Herceptin®. Tendo em vista que não há evidência de relação causal entre Herceptin® e esses eventos, eles são considerados como não esperados para o propósito de relatórios de segurança de Farmacovigilância.
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Tabela 4
Eventos adversos
Classe do sistema orgânico
Evento adverso
Infecções e infestações
Celulite (inflamação das células do tecido subcutâneo)
Erisipela (um tipo de celulite)
Sepse (infecção geral do organismo)
Meningite
Bronquite
Herpes-zóster
Cistite (inflamação da bexiga)
Distúrbios dos sistemas sanguíneo e linfático
Leucemia (câncer no sangue)
Distúrbios do sistema imune
Anafilaxia
Choque anafilático (reações alérgicas graves, com
dificuldade respiratória e queda brusca da pressão arterial)
Distúrbios psiquiátricos
Pensamento anormal
Distúrbios do sistema nervoso
Falta de coordenação motora
Paresia (disfunção ou interrupção dos movimentos de um
ou mais membros)
Distúrbio cerebrovascular (alteração do cérebro por
distúrbios vasculares)
Edema cerebral
Letargia
Coma
Distúrbios da orelha e labirinto
Vertigem
Distúrbios cardíacos
Efusão pericárdica (aumento excessivo da quantidade de
líquido entre as duas camadas da membrana que reveste o
coração, água no coração)
Bradicardia (diminuição da frequência cardíaca)
Pericardite (inflamação do pericárdio, membrana que
reveste o coração)
Distúrbios respiratórios, torácicos e do mediastino
Soluço
Falta de ar ao realizar esforços
Distúrbios gastrintestinais
Gastrite
Distúrbios hepatobiliares
Insuficiência hepática (problema no fígado)
Distúrbios musculoesqueléticos e do tecido conjuntivo
Dor muscular e nos ossos
Distúrbios renais
Disúria (dor ao urinar)
Distúrbios do sistema reprodutivo e da mama
Dor nas mamas
Distúrbios gerais e condições no local de administração
Desconforto torácico
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Atenção: este produto é um medicamento que possui uma nova indicação terapêutica no país e ampliação de uso, embora as pesquisas tenham indicado eficácia e segurança aceitáveis, mesmo que indicado e utilizado corretamente, podem ocorrer eventos adversos imprevisíveis ou desconhecidos. Nesse caso, informe seu médico. 9.
O QUE FAZER SE ALGUÉM USAR UMA QUANTIDADE MAIOR DO QUE A INDICADA DESTE
MEDICAMENTO?
É muito pouco provável que você receba dose excessiva de Herceptin. Se isso acontecer, os principais sintomas correspondem às reações indesejáveis descritas para o medicamento, que serão reconhecidos por seu médico, que saberá como tratá-los.
Em caso de uso de grande quantidade deste medicamento, procure rapidamente socorro médico e leve a embalagem ou bula do medicamento, se possível. Ligue para 0800 722 6001, se você precisar de mais orientações.
MS 1.0100.0552
Farm. Resp.: Tatiana Tsiomis Díaz - CRF-RJ nº 6942
Herceptin 440 mg
Fabricado para F. Hoffmann-La Roche Ltd, Basileia, Suíça,
por Genentech Inc., South San Francisco, EUA
Embalado por F. Hoffmann-La Roche Ltd, Kaiseraugst, Suíça
Herceptin 150 mg
Fabricado para F. Hoffmann-La Roche Ltd, Basileia, Suíça,
por Roche Diagnostics GmbH, Mannheim, Alemanha
Embalado por F. Hoffmann-La Roche Ltd, Kaiseraugst, Suíça
ou por Roche Diagnostics GmbH, Mannheim, Alemanha
Registrado, importado e distribuído no Brasil por:
Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos S.A.
Est. dos Bandeirantes, 2020 CEP 22775-109 Rio de Janeiro RJ
CNPJ 33.009.945/0023-39
Serviço Gratuito de Informações 0800 7720 289
R
www.roche.com.br
Herceptin 440 mg
USO RESTRITO A HOSPITAIS
Conservação Herceptin
5.
Antes de aberto, Herceptin deve ser mantido sob refrigeração (entre 2 e 8ºC). O profissional de saúde saberá como armazenar o medicamento depois de aberto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem original. Herceptin em seu frasco-ampola original é um pó liofilizado que apresenta coloração branca a amarela pálida. A solução de reconstituição é incolor a amarelo pálido. A solução final é límpida a levemente transparente. Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de validade e você observe alguma mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saber se poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve ser mantido fora do alcance das crianças.