No início do tratamento é necessário verificar o nível de creatinina do soro sangüíneo. Se o nível de creatinina for próximo
ao limite estabelecido (1.2-2.0 mg/dL ou 106-177 µmol/L, limite este verificado nos
pacientes com falha renal
compensatória), é necessário um controle regular dos níveis séricos de eletrólitos e do balanço de fluídos, assim como das
taxas da função renal. Nas terapias com duração de vários dias, mesmo naquelas com
valores de creatinina sérica e
resultados dos testes de urina normais, é essencial monitorar regularmente os valores de retenção renal. Se na ocorrência de
tratamento de longo prazo for excedido o limite de 2 mg/dL para creatinina no plasma, a infusão deverá ser imediatamente
descontinuada.
A possibilidade de sobrecarga circulatória deve ser considerada nos pacientes que recebem hidroxietilamido. A expansão
excedente do volume do sangue pode melhor ser detectada monitorando a pressão venosa
central. Hidroxietilamido deve
ser usado com cuidado nos pacientes muito novos ou nos idosos, naqueles com edema
pulmonar e/ou insuficiência cardíaca
congestiva e também naqueles com função renal danificada, desde que estes pacientes
sejam particularmente suscetíveis à
sobrecarga circulatória. Naqueles pacientes para os quais a limitação do sódio é indicada, deve-se ressaltar que 500 mLdo
hidroxietilamido 6% em solução de cloreto de sódio 0,9% contem 77 mEq de sódio e
cloreto. O volume urinário é um guia
útil no tratamento do choque hipovolêmico; entretanto, a persistência de oligúria (pouca urina) depois que o paciente
recuperou do choque indica possível insuficiência renal, e a terapia com hidroxietilamido deve ser interrompida nestes
pacientes.
Asegurança do hidroxietilamido em situações que requerem o uso freqüente da droga por
períodos de tempo prolongados (à
exceção da leucoferese) não foi avaliada inteiramente, embora determinadas circunstâncias pareçam estar associadas com o
uso crônico de hidroxietilamido. Desta maneira, um sangramento clínico importante pode
ocorrer nos pacientes com
hemorragia subaracnóide, os quais receberam hidroxietilamido repetidamente durante
vários dias para a prevenção de
vasoespasmo. Coagulopatias cerebrais, sangramento local e sangramento intracranial foi
relatado nos pacientes tratados
com hidroxietilamido que se submeteram à cirurgia de aneurisma cerebral.
Conseqüentemente, atualmente recomenda-se
que o hidroxietilamido não seja usado para o tratamento do vasoespasmo cerebral e nos
pacientes com hemorragia
subaracnóide. Deve ser evitado também naquelas condições que exigem uso prolongado (à
exceção da leucoferese) durante
diversos dias. Além disso, alguns clínicos sugerem que o uso do hidroxietilamido seja
evitado em todos os pacientes
neurocirúrgicos, desde que seja necessária nestes pacientes a prevenção da hemorragia
intracranial. Em casos de
desidratação severa, primeiramente deverá ser oferecida uma solução cristalóide
(preferencialmente soluções eletrolíticas).
Devem ser dispensados cuidados particulares para pacientes com doenças hepáticas
crônicas severas ou casos severos de
doença de Von Willebrand. A redução da função renal pode incrementar uma insuficiência
hepática existente (com alta
pressão arterial) e levar ao impedimento mecânico do fluxo biliar. Níveis indiretos
ligeiramente aumentados de bilirrubina
podem ocorrer muito raramente. Conseqüentemente, as soluções de Istarplas 6% e 10%,
devem ser usadas com cuidado nos
pacientes com uma história de doença do fígado.
Tem sido descrita na literatura a correlação entre dose e freqüência de prurido em
pacientes com desordens otoneurológicas,
como perda súbita de audição, zumbido ou trauma acústico. Para terapias com Istarplas
10% é aconselhável reduzir a
dosagem para 250 mL/dia no máximo. Isto reduzirá o risco de prurido como efeito
colateral. Se ocorrer prurido, o
tratamento deverá ser descontinuado. Uma atenção maior deve ser oferecida para a infusão adequada e correta da solução,
devendo-se assegurar o suprimento suficiente de fluidos (2 a 3 litros de fluidos por dia). Infusões de hidroxietilamido
conduzem a uma redução dose-dependente no nível do hematócrito e da proteína do
plasma devido ao efeito da diluição. É
possível que ocorra um prolongamento do tempo de coagulação, e conseqüentemente do
tempo de sangramento. A
administração de células vermelhas, de plaquetas, e de plasma congelado fresco deve ser considerada se uma diluição
excessiva ocorrer.
Durante as infusões das soluções de hidroxietilamido, reações de intolerância de todas as classes de severidade podem
ocorrer, o que pode ser observado também com outros expansores coloidais de volume,
ainda que não seja comum. Estas
reações anafiláticas manifestam-se como sintomas da pele ou conduzem-se através de uma
vermelhidão e ruborização
repentina da face e da garganta, niveladas a uma queda na pressão sangüínea, choque e
parada cárdiorrespiratória. Se as
reações de intolerância ocorrerem, a infusão deve ser interrompida e as medidas habituais aplicadas imediatamente; a
administração de um agente anti-histamínico pode ser necessária. Níveis elevados de
amilase plasmática podem ser
observados temporariamente após a administração de Istarplas 6%, embora nenhuma
associação com pancreatite tenha sido
demonstrada.
Deve-se considerar os ricos e benefícios do tratamento com Hidroxietilamido de
forma individualizada para
cada paciente.
Uso em Leucoferese
Declínios ligeiros na contagem de plaquetas e nos níveis de hemoglobina, podem ocorrer
nos doadores que se submetem a
procedimentos repetidos de leucoferese usando solução de hidroxietilamido 200/0,5 6%/10%, devido aos efeitos de expansão do volume e à coleta de plaquetas e eritrócitos. Os níveis de hemoglobina
retornam geralmente ao normal dentro
de 24 horas. Ahemodiluição ocasionada pelo uso de soluções de hidroxietilamido 200/0,5 6%/10%, pode também resultar, no período de 24 horas, em declínios nos valores da proteína total, da albumina, do cálcio e do fibrinogênio. Nenhumas
destas diminuições ocorrem em um grau reconhecido, para serem riscos clinicamente
significativos aos doadores
saudáveis. Aavaliação clínica regular e freqüente e as contagens de sangue completas são necessárias para a monitoração
apropriada do uso de Istarplas durante a leucoferese.
Uso excedente por períodos prolongados
A solução de Istarplas 6% e 10%, não foi avaliada adequadamente para estabelecer sua
segurança em outras situações
(à exceção da leucoferese) que requerem o uso freqüente de soluções coloidais por
extensos períodos.
Uso em idosos, durante a gravidez, nos recém-nascidos, crianças e outros grupos de risco: Idosos: Istarplas 6% e 10% não apresentam contra-indicações ou efeitos colaterais quando usados por pacientes com
mais de 65 anos de idade, desde que atendidas às indicações e posologia descritas na bula. Gravidez e Lactação: Existem dados disponíveis, porém insuficientes, sobre o uso de
colóides nos estágios iniciais da
gravidez (primeiro trimestre), desta forma, o uso de Istarplas 6% e 10% deve ser
evitada neste estágio. Nos estágios
mais tardios da gravidez a preparação deve somente serusada para indicações
cruciais.
*Gravidez: Categoria de risco C. Os estudos em animais revelaram risco, mas não
existem estudos disponíveis
realizados em mulheres grávidas.
Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação
médica ou do cirurgião dentista.
Crianças: Embora não tenham sido conduzidos estudos clínicos suficientes em crianças,
resultados de uma avaliação
retrospectiva do uso de Istarplas neste tipo de paciente (perioperatoriamente e UTI)
permitem concluir uma relação custobenefício
do uso de Istarplas em casos de aplicações apropriadas onde foram consideradas as
mesmas precauções utilizadas
em adultos.
Uma solução de Istarplas 6% (peso molecular médio 200.000) foi considerada eficaz e
segura quando comparada com a
albumina humana na conduta da reposição do volume nas crianças com menos de 3 anos
de idade que se submeteram a
cirurgias cardíacas. Para estudar os efeitos renais em recém-nascidos (medidos pela
creatininemia), ocasionados pelo uso
de hidroxietilamido de médio peso molecular, foi realizado um estudo com neonatos. O
estudo concluiu que as soluções de
hidroxietilamido 200/0,5-6%, em condições normais de uso e posologia, não afeta
significativamente a função renal, já que
em 50% dos pacientes pediátricos saudáveis, a expansão do volume do plasma com
hidroxietilamido 200/0.5 - 6% não
aumentou a creatininemia.
Efeito na habilidade de dirigir ou operar máquinas: Soluções contendo hidroxietilamido
não afetam a habilidade de
dirigir ou operar máquinas.
Carcinogenicidade e Mutagenicidade
Quando se discute o potencial mutagênico e carcinogênico de HES tem-se que ter em
mente que o mesmo é uma medicação
coloidal de reposição do volume. O local da ação destas soluções é o espaço intravenoso. Todas as preparações de HES que
estão em uso são (massa molar de 70.000 a 450.000 Dalton) moléculas derivadas do
amido, de peso molecular
relativamente elevado, com um caráter notadamente hidrofílico. Assim, a permeabilidade
destas moléculas através da
membrana da célula é impedida. HES é muito similar ao próprio glicogênio do corpo.
Portanto, considerando as
características químicas e físicas do HES, conclui-se que nenhum efeito mutagênico ou
cardiogênico poderá ser detectado.
Teratogenicidade
Aadministração diária de HES, nos ratos e camundongos, durante todo o período de
gestação, não ocasionou malformações
e nenhum efeito embriotóxico ou teratogênico. Atualmente, não existe nenhum estudo que
relata as conseqüências da
administração de HES nas mulheres, durante a gravidez. Desta maneira, as soluções de
HES devem ser usadas somente após
a avaliação mais cuidadosa da relação benefício/risco.
Interações Medicamentosas:
São desconhecidas interações entre soluções de hidroxietilamido (de qualquer peso
molecular) em cloreto de sódio e outros
medicamentos até o momento.
Não deve ser utilizado como veículo de medicamentos.
Relata-se também que a segurança e a compatibilidade com outros aditivos, à exceção do
anticoagulante citrato, não foram
estabelecidas. Hidroxietilamido é incompatível com muitos compostos, incluindo vários
antibacterianos injetáveis.
Interações com exames laboratoriais: comumente os valores de amilase sérica podem
aumentar com a administração de
hidroxietilamido e interferir no diagnóstico de pancreatite. Sugeriu-se que Istarplas forma um complexo com a amilase,
sendo esta eliminada mais lentamente, resultando em um aumento na sua concentração
circulante. Concentrações elevadas
de bilirrubina foram relatadas no plasma em 2 de 20 indivíduos saudáveis que receberam
infusões múltiplas de
hidroxietilamido; entretanto, a bilirrubina total e os resultados de outros testes de função do fígado permaneceram dentro
dos limites normais. As concentrações da bilirrubina retornaram ao normal dentro de 96
horas após o final da infusão.
Informe ao seu médico ou cirurgião-dentista se você está fazendo uso de algum outro
medicamento.
Não use medicamento sem o conhecimento do seu médico. Pode ser perigoso para a
sua saúde.
Como tomar Istarplas 200/0,5
Via de administração: Intravenosa e individualizada.
Uso adulto.
As soluções de Istarplas 6% e 10% devem ser administradas somente por infusão
intravenosa. A dose e a taxa total de
infusão dependem da quantidade de plasma e de sangue perdido e da hemoconcentração
resultante.
Adultos: Istarplas 6%: a quantidade administrada geralmente é de 500 a 1.000 mLpor dia. Doses de mais de 2.000 mLpor
dia, para um paciente típico de 70 quilogramas (aproximadamente 28 mL por quilograma
de peso corporal) não são
requeridos geralmente. Nos pacientes com choque hemorrágico agudo, a solução de
hidroxietilamido pode ser
administrada em uma taxa que aproxima 1,2 g/kg por hora (20 mL/kg por hora). O volume
diário máximo administrado é 33
mL/Kg de peso corporal, o que equivale a aproximadamente 2 g de hidroxietilamido/Kg
de peso corporal. O uso de soluções
por períodos superiores a 72 horas não foi estudado.
Istarplas 10%: A dose máxima diária recomendada é de até 20 mL/Kg de peso
corporal/dia, o que equivale a 2,0 g de
hidroxietilamido/Kg de peso corporal/dia ou a 1.500 mL/75 Kg de peso corporal/dia.
Pacientes Pediátricos: Não foram conduzidos estudos clínicos controlados em pacientes
pediátricos, para estabelecer a
segurança e a eficácia de Istarplas.
Da mesma maneira, quando HES 200/0,5 é usado como um adjuvante no tratamento de
hipovolemia e choque, a dose e a
taxa de infusão dependem da perda de fluidos e da hemoconcentração resultante e devem
ser determinadas de acordo com a
necessidade do paciente. Adose usual no adulto da solução de Istarplas 6%, considerando as indicações acima expostas é
30-60 g (500-1000 mL). Adose diária do total da solução a 6% geralmente não deve
exceder 1,2 g/kg (20 mL/kg) ou 90 g
(1500 mL). Taxas mais lentas da administração são usadas geralmente nos pacientes com
queimaduras ou choque séptico.
Nos pacientes com insuficiência renal severa (clearance de creatinina menor que 10
mL/minuto), a dosagem inicial usual de
hidroxietilamido pode ser administrada, mas a dose subseqüente deve ser reduzida a
aproximadamente 25-50% da dose
usual.
Recomendação de Dose para Doadores de Sangue - Hemodiluição Normovolêmica Aguda
(ANH):
Substituição de sangue autólogo imediatamente antes da cirurgia com valores definidos de hematócrito. Os valores de
hematócrito não devem cair abaixo de 30% após a ANH. A proporção de substituição é de
1:1 (Istarplas 6% e sangue).
- Sangue - retirado: 2 - 3 x 500 mL (sangue autólogo)
- Dose diária: 2-3 x 500 mL (Istarplas 6%)
- Velocidade de retirada de sangue: 1000mL/ 15-30 minutos
- Velocidade de infusão: 1000 mL/15 - 30 minutos
Recomendação de Dose para Terapia de Hemodiluição:
HISTÓRICO DE REVISÃO PARA BULA PA I ISTARPLAS 200/0,5
HALEXISTAR
Data
Concentração
Itens Alterados
Setembro/2013
60 mg/mL e 100
mg/mL
Alteração dos itens: - Quando não devo usar este
medicamento? E O que devo saber antes de usar
este medicamento?, em atendimento a solicitação
da Gerência de Farmacovigilância/ANVISA
Conservação Istarplas 200/0,5
MEDICAMENTO?
Istarplas deve ser conservado em temperatura ambiente (15ºC a 30ºC) protegido da luz e
umidade. No entanto, uma
exposição breve até 40°C não afeta adversamente o produto.
Número de lote e datas de fabricação e validade: vide embalagem.
Não use medicamento com o prazo de validade vencido. Guarde-o em sua embalagem
original.
Após aberto, usar imediatamente. Depois de aberto este medicamento, por ser de caráter
estéril, não se pode em hipótese
alguma guardar ou conservar as soluções utilizadas, as mesmas devem ser descartadas.
Antes de serem administradas as
soluções parenterais devem ser inspecionadas visualmente para se observar a presença de partículas, turvação na solução,
fissuras e quaisquer violações na embalagem primária. Não utilizar se detectadas
partículas ou algum tipo de precipitado.
Este medicamento é um líquido, límpido, incolor e inodoro. Isento de partículas estranhas. Asolução remanescente não utilizada deve ser rejeitada. Não congelar.
Antes de usar, observe o aspecto do medicamento. Caso ele esteja no prazo de
validade e você observe alguma
mudança no aspecto, consulte o farmacêutico para saberse poderá utilizá-lo.
Todo medicamento deve sermantido fora do alcance das crianças.